quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O regresso da alucinada

Ainda hoje recordo esta entrevista. Na verdade, recentemente avivou-se ainda mais na minha memória! Isto porque no final de Julho recebi uma chamada da dita empresa. Recorde-se que a entrevista foi em Abril último. Ligaram a dizer que fui seleccionada. Não resisti a perguntar porque demoraram estes meses todos, ao que me responderam que o processo tinha ficado congelado. Ainda ao telefone, perguntaram se tinha disponibilidade imediata e marcaram de seguida uma reunião onde era suposto tratar de questões burocráticas, entre elas a definição de um dia para lá estar 4 horas à experiência. Não tivesse eu tido a experiência com a alucinante entrevista, teria considerado para lá de estranho essa proposta das 4 horas à experiência.

Como o dia 1 de Agosto estava próximo, a reunião foi marcada para o dia seguinte, ao final da manhã. E lá fui eu a pensar que iria começar a trabalhar a full-time num novo poiso no primeiro de Agosto. Lá chegada, sou recebida pela alucinada da outra entrevista. Resultou em mais um encontro um tanto ou quanto estranho em que nada aconteceu conforme me foi dito ao telefone. Segundo a alucinada, ainda estava indecisa e perguntou-me nada mais nada menos sobre música e concertos. Queria saber que concertos é que escolheria para ir nos próximos tempos. Como me apanhou de surpresa, sorri e disse que não sabia a que concertos iria. Ela insistiu e falou em festivais de verão. Para acabar com aquele circo respondi, sem pensar muito, que iria ao Festival do Sudoeste.

Após olhar intensamente para mim, depois da minha resposta, perguntou se tinha disponibilidade imediada. Depois saiu-se com esta e passo a citar: "Então e ficava chateada se a chamassemos só para umas semanas?". Respondi que não e dai tirei as conclusões de que andavam era à procura de quem fizesse as férias de quem foi seleccionado em Abril, altura da primeira entrevista... Ainda mencionei a experiência de 4 horas de que me falaram ao telefone mas fez que não ouviu.

Despediu-se e disse que me diria algo no dia seguinte. No dia seguinte ligou e sublinhou de imediato que ainda estava indecisa, mas que queria saber se eu me importava de ir um mês apenas e que após esse mês iria entrar uma pessoa altamente qualificada e que provavelmente não iria ter trabalho para mim e para a dita pessoa altamente qualificada. Senti-me como uma personagem do Kafka.

Baralhada com toda aquela indecisão e sobretudo com uma tremenda falta de confiança, respondi que queria trabalho duradouro e garantido para mais de um mês. A alucinada voltou a sublinhar que ainda não sabia se seria eu a escolhida e que me voltaria a ligar e depois rematou com a seguinte afirmação: "Você quer aproveitar o calor, não é? Bom já lhe ligo". Agradeci e nem comentei aquela tirada do calor. Não ligou.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Traga o PC!

Na semana passada tive um episódio curioso. Mais um! Confesso que já tinha saudades, ironicamente falando.

Estes cromos surgiram na resposta a um anúncio em que pediam um freelancer. Respondi sem qualquer expectativa, já que nas últimas semanas as respostas a anúncios estavam a cair nas amplas autoestradas na net para lá ficarem a pairar. Dias depois recebi uma chamada. Era uma sexta-feira e estavam a convocar-me para uma entrevista. Nesta chamada questionaram-me se tinha portátil. Respondi afirmativamente e do lado de lá ouvi um «óptimo» efusivo.

Algumas horas depois, recebi uma SMS a pedir para levar o portátil para começar logo a trabalhar. Ora, ao ler aquilo, assaltaram-me inúmeras perguntas. A saber:

Não era suposto ir primeiro à entrevista?
Não era suposto conhecerem-me na dita?
Não era suposto ficar a conhecer a empresa e o ramo da mesma?
E quanto me vão pagar?
E o tempo de duração do projecto?
E, já agora, o horário?

Respondi à SMS com outra SMS a informar que gostaria de saber algumas das condições antes de me lançar ao trabalho. Logo a seguir ligaram-me e indicaram-me algumas condições. Péssimas! Basicamente iria pagar para trabalhar.

Recibos verdes, claro, horário inflexível por 30 dias. Quanto ao ordenado, nem refiro, que é vergonhoso. Mesmo assim, informei que iria pensar nas condições e que enviava SMS a informar se lá estaria na segunda-feira acompanhada do meu PC.

Pensei, voltei a pensar e repensei. Não valia a pena, mas em vez de enviar SMS liguei e expliquei a razão pela qual não ia e ainda perguntei se o parco valor era negociável, ao que me responderam que não. E assim ficamos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Anúncios vs Candidaturas Espontâneas

O facto de ter respondido a tantos anúncios nestes últimos 2 meses e não ter sido chamada para nenhuma entrevista na sequência da dita resposta! Anúncios fantasma? Anúncios cujo propósito é angariar CV's? Anúncios para entreter a malta? Anúncios para mostrar que algo está a mexer? Tudo é possível!

Na verdade não foram poucos os que respondi, na maioria tinha todos os requisitos, mas não fui convocada para nenhuma entrevista. Estranho, mas preferível que ter daqueles encontros imediatos como tantos que já tive!

Em contrapartida tenho tido algumas respostas, apesar de em nada serem conclusivas, de candidaturas espontâneas. Outro facto curioso. Acontece que há uns tempos atrás eram as candidaturas espontâneas a cair em saco roto. 

O que não muda é a procura sedenta e desenfreada de estagiários... Procura que tem aumentado consideravelmente. O que ainda não aconteceu foi a criação de um mega site destinado aos estágios. Cheguei a enviar um email para um desses sites a sugerir tal proeza. Isto porque a maioria dos seus anúncios pediam especificamente estagiários :)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O mundo é pequeno... muito pequeno. Um bidé diria até

Hoje tive uma situação interessante e um tanto ou quanto surreal relacionada com este episódio. Digo surreal pois aconteceu inesperadamente e num local inimaginável. Num ambiente tenso, por razões que não vou aqui mencionar, a conversa funcionou como calmante, desviando outras atenções. Depressa se quebrou o gelo e já se falava de tudo e mais alguma coisa com bastante à vontade.

Convera puxa conversa, soube que um dos participantes na dita conversa trabalha na empresa que protagoniza aquele episódio (para facilitar, daqui para a frente vou referir-me a esta pessoa como "colaborador").

A impulsividade falou mais alto e repentinamente comentei que "a minha imagem daquele local é péssima". Eis que o colaborador se espantou e alguns dos restantes, curiosos, dirigiram para aquele desabafo as atenções.

Um deles, em defesa, disse que "uma pessoa não faz a empresa". Porém, mostrou-se mais interessado em saber as minhas razões.

Relatei o episódio, tal e qual se passou, sem obviamente mencionar nomes. O colaborador mencionou que nem sabia que naquela altura tinham estado em recrutamento.

Outro dos presentes dirigiu-se a mim e comentou que eu "não podia julgar um local de trabalho por uma atitude infeliz". Os restantes corroboraram e eu soltei um tímido "pois".

O colaborador quis saber a data exacta da minha ida à entrevista e após a mencionar ele disse que já sabia o que se tinha passado. Segundo me relatou, "deslocaram uma pessoa de um departamento para outro", nomeadamanente para o departamento onde supostamente deveria ter sido integrada...

Ouviu-se um "ahhhh" geral dos que participavam naquela conversa paralela a outras que entretanto se desenrolaram. Ficamos todos a saber as causas da repugnante atitude. Esclarecidos, mas indignados, todos concordamos com o caracter infeliz da atitude de me terem informado que fui seleccionada para o cargo e dias depois terem ligado que "afinal mudaram de ideias".

Acabou assim a conversa sobre o tema, da qual resultou o que desde sempre é sabido. O mundo é um bidé!  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Deixa poisar

Antes das eleições nada mexia. Agora mexe, embora muito lentamente, fazendo lembrar um difícil acordar. Acordar este motivado por alguns raios de sol teimosos por entrarem sem ser convidados pelas gretas das persianas.

Refiro-me às respostas quer às inúmeras candidaturas espontâneas, quer aos anúncios que lá vão aparecendo. Em relação a estes, tenho sérias dúvidas se são dirigidos a pessoas ou a fantasmas... Quanto às candidaturas espontâneas nem penso, afinal o "não" e a ausência de resposta são garantia. Lá de vez em quando surge uma resposta. Hoje foi um desses dias. Responderam a dizer que anexar novamente o CV. Anexei e enviei.

Após o acto eleitoral e a folia a ele associada, por parte dos vencedores claro, já nos foi anunciado que o desemprego vai aumentar... Muito motivador, contudo, no fundo, reside a esperança que ao deixar poisar quiçá se mexa um pouco. Por seu turno, é importante não esquecer que caminhamos com passos largos para o verão e não é preciso dizer mais nada :p

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pagam com troca de serviços

Há algum tempo que um anúncio não me provocava um ataque de riso como o que acabei de ter há momentos. Ao ler este anúncio dei por mim a pensar se não estaríamos já a usar o sistema de troca directa em vez do euro, que tanta dor de cabeça tem dado, sobretudo a portugueses, gregos e irlandeses. Isto porque os bacanos afirmam com toda a pompa e circunstância que não pagam mas que podem fazer troca de serviços. Nem quero imaginar o que entendem por serviços. Irra!

Este é sem dúvida o aspecto mais interessante deste anúncio. É, porém, a cereja em cima do saboroso bolo. Prometem a entrada no Mundo Editorial (UAU), dão a possibilidade de entrevistar bandas (eh lah) e, para além de darem a oportunidade de se analisar albúns (do best), são uma porta de entrada para concertos (eh mãos largas). A juntar a tudo isto, prometem que os escravos (ups colaboradores) fazem o que quiserem e quando quiserem (já sei onde é o Céu).

Oportunidades como esta são únicas e não se repetem... desempregados, toca a enviar o CV JÁ!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quem é que se lixa, quem?

Para além do Zé Povinho, os desemprecários também, como é óbvio... refiro-me a este limbo que é o período de campanha eleitoral, durante o qual se lava roupa suja diplomaticamente, se visita esta e aquela feira, se apertam mãos, se promete muito para depois cumprir pouco.

Finda a dita e apurados os resultados, é tempo de festejar a vitória e digerir a derrota. Os Santos Populares vêm, pois, a calhar! Depois da festa, urge definir prioridades, entre as quais o encaixe de boys... Entretanto, chega Agosto e com este as férias - o merecido descanso de vencedores e vencidos. Em Setembro começamos lentamente a comprovar que após resumir e baralhar está tudo na mesma ou pior :)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Hoje saltou-me a tampa

Ainda a propósito dos falsos anúncios de emprego e/ou trabalho, vulgo aqueles que pedem estagiários e trabalhadores a custo zero... hoje deparei-me com mais um que me deu vontade de rir. Não pedia estagiário. Usava termos mais simpáticos. Indicava que era um projecto vendável e, como tal, a remuneração dos potenciais candidatos era apenas discutida depois de venderem o projecto. Ou seja, iam tendo o trabalhinho feito a custo zero.

Não pediam estagiário, mas pediam mão-de-obra grátis. Saltou-me a tampa, divulguei o anúncio numa espécie de fórum e uma das pessoas que me respondeu enviou para o site um email. Baseada nesta atitude pró-activa, elaborei também eu uma resposta, que aqui transcrevo:

«Acompanho o vosso trabalho desde o início e ultimamente, cada vez mais, aparecem anúncios que pretendem mão-de-obra gratuita. Gostaria de apresentar uma sugestão, que facilita a vida a quem de facto procura emprego e trabalho, nomeadamente a criação de uma secção para o trabalho "voluntário".»

Aproveito para lançar um desafio a quem me lê: escrevam estas ou outras linhas para sites que (ab)usam destes anúncios! Vá lá... :p

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E a lata continua...

... e com esta história do FMI parece que ainda aumentou! Pelo menos atiçou ainda mais a vontade de ter por perto, nada menos nada mais, que um estagiário.

Como já vem acontecendo há largos meses, também nos últimos dias desfilaram perante o meu olhar diversos anúncios a pedir "escravos", vulgo estagiários. Hoje, um desses anúncios conseguiu fazer com que risse, embora que amarelamente.

Convido, pois, a espreitar o dito, mas cuidado que podem vomitar... Tem expressões interessantes como "dar o contributo de forma gratuita". O auge, todavia, é quando referem que "o trabalho será para ser realizado a partir de casa não sendo necessária qualquer despesa da parte do colaborador".

De facto, para além de ser uma frase mal construída, denota uma falta de respeito por quem trabalha para (sobre)viver.

E a mão-de-obra é o quê, pá?

Cambada de imbecis com neurónios em vias de extinção...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Subsídio para independentes (falsos recibos verdes)

Fiquei contente com esta história. Não é tudo, mas é alguma coisa. Digo-o porque sofri na pele as consequências de ser um falso recibo verde.

Trabalhei como falso recibo verde e ao levar um pontapé no rabiosque, sem como nem porquê, constatei ter ficado com uma mão à frente e outra atrás, como se costuma dizer.

Traduzindo: apesar de cumprir horário, utilizar as instalações e o equipamento da empresa e ter chefia, não tinha contrato de trabalho nem os direitos inerentes. Só tinha deveres e nada mais. Esta medida dá acesso ao subsídio de desemprego a quem é dispensado, descartado e empurrado da empresa para a rua.

Com esta medida não se combate a ilegalidade que é trabalhar a falsos recibos verdes, mas pelo menos revela reconhecimento da dita. Além disso, confere um direito a quem só tem deveres.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Você vive?

É verdade, esta foi uma das perguntas feitas na última entrevista para "emprego" a que fui, ontem. Fiquei a olhar para a entrevistadora, que parecia estar com uma grande moca. Disse-lhe que não estava a perceber a pergunta, ao que me respondeu "quero dizer se você vive".

Comecei a imaginar-me um zombie, no reino dos mortos, em fase de recrutamento para um "emprego". Voltei a questionar o que pretendia exactamente com o "você vive". Ela bateu na mesma tecla, dizendo "o que quero saber é se vive...sim se vive! Compra jornais? Lê os jornais?" Com esta resposta disse um tímido "sim". Nesse momento reparei que escreveu "vive" no papel que tinha à sua frente.

Esta, porém, foi apenas uma de muitas bizarras perguntas. Outra foi: "O que acha que vai mudar?" Credo, pensei, mas mudar o quê?, em que sentido?

Tive, pois, de lhe responder com a clássica pergunta: "Desculpe, o que é que realmente quer saber?". "Bom", respondeu, "o que quero saber é o que acha que vai mudar as pessoas". Mais uma vez fiquei sem saber o que dizer, atirando para cima da mesa o que me veio à tola: "Bom, acho que são as novas tecnologias". Não houve reacção da parte de lá. Nisto, repentinamente, levantou o CV, o meu CV, e chegou-o muito perto da vista, tapando a sua cara, baixou o dito, como se estivesse a espreitar por uma cerca, e sorriu para mim. Retribui aquele sorriso, claro! Que maluquice!

De repente, do nada e após um ror de questões estranhas, pergunta-me a expectativa do ordenado. Disse que seria variável, mediante as condições. Revelou, então, que se tratava de falsos recibos verdes. Como é óbvio, não usou este termo. Atirei um valor que achei justo (mais baixo que a média até!), olhou para mim espantada e disse "Tenho muito que fazer, vou levá-la à porta".

Nisto lembrei-me o que a recepcionista desabafou durante o tempo que estive à espera: "Desculpe estar à espera, tenho de ir avisá-la outra vez porque se esquece de tudo, tem de ser lembrada constantemente acerca de tudo".

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não encontram um estagiário, coitados!

Hoje recebi uma newsletter de um dos sites de emprego onde estou inscrita. Eis que um dos anunciantes é o mesmo a quem me refiro aqui. Soltei uma sonora gargalhada. Imaginei-os atarefados em busca de um estagiário perfeito. Ou seja, que corresponda ao perfil de um profissional já com uma certa experiência. Para exemplificar, pedem alguém com experiência máxima de 1 ano. Se vai estagiária é suposto não ter experiência, certo?

Sem dúvida, à procura de um profissional, com uma certa experiência, que trabalhe somente com ajudas de custo. Procuram alguém semi-experiente, isto é, uma pessoa que terminou um estágio ou uma pessoa com parca experiência que vá na cantiga de trabalhar de graça com a ilusão de ter um lugarzinho ao sol...

Inacreditável! Cada dia que passa mais constato que muitos são aqueles que se aproveitam da crise. Onde é que há alguns anos havia tanta sede por um estagiário? Quem pretendia um estágio é que se propunha, como eu fiz.

Hoje, procuram escravos a quem acenam com a cenoura, dizendo que há uma remota possibilidade de integrar a fabulosa equipa jovem! UAU!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Da candidatura espontânea à entrevista

Há várias semanas atrás enviei uma candidatura espontânea. No dia seguinte responderam a agradecer e mencionaram que apesar de não estarem a admitir colaboradores iriam guardar o meu CV na base de dados. Resposta educada e simpática que todo o candidato espontâneo gosta de receber. Arrumei o assunto, como aconteceu com tantos outros.

Uma ou duas semanas depois deste contacto virtual, recebo uma chamada telefónica da pessoa que me respondeu. Já nem me lembrava, confesso e admito, afinal, tinha o assunto muito bem arrumado. Disseram que a minha experiência profissional os impressionou e, por isso, queriam agendar uma entrevista. Foi marcada para a semana seguinte, correu bem e sai de lá sem alguma expectativa. Isto foi a uma sexta-feira. Eis que na segunda-feira seguinte vejo um anúncio desta empresa a pedir um estagiário. Curioso, não?

Uns dias depois de ver o anúncio recebo um email a dizer que de momento não estão, de facto, a necessitar. Viva ao trabalho de borla! Viva ao estagiário! Viva ao estágio não remunerado! Viva a ilegalidade! Viva!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Inevitável visita do FMI

Será uma visita ainda sem fim anunciado. Não será visita de médico, é certo. Terá o seu tempo, durante o qual são esperadas enormes dificuldades, em especial para a população. Se é certo que vai equilibrar as contas, retirando algumas regalias desnecessárias e eliminando poisos de boy, por exemplo, também é certo que o povo será o maior prejudicado. Fome, desemprego, desavenças, oportunismo, etc, etc já existem mas serão mais evidentes e a maior escala. Cá estaremos para ver, mas também participar activamente, já, neste virar de página.

Porém, enquanto 'eles' chegam e se instalam, decorrem as eleições, vem o verão e os santos populares... até Setembro tudo vai estar suspenso, parado... apenas um palpite. Espero que errado!

domingo, 3 de abril de 2011

Coisas pouco ou nada divulgadas

O facto de falar com este e com aquele, ouvir diversas histórias de amigos ou de amigos de amigos e até mesmo de familiares, levou-me a constatar que são muitas as atrocidades sem o merecido destaque e divulgação necessária para alertar os cidadãos. Aqui e ali vão acontecendo situações injustas e que por algum motivo são muito bem abafadas. Ainda bem que vão circulando em meios mais estritos e, claro, no passa palavra.

Esta semana 70 trabalhadores do MUDE foram dispensados por email (que desumano!). Trabalhavam em condições precárias, vulgo falsos recibos verdes. Denunciaram estas condições e alguém decidiu varrer a "poeira" para debaixo do tapete, isto é, afastar e esconder o incómodo. Mais uma vez, foi fácil e rápido uma entidade patronal esmagar quem luta pelos seus direitos, espezinhar quem denuncia certos deslizes.

É verdade que há cada vez mais coragem em denunciar situações ilegais como os falsos recibos verdes, mas também não é mentira que os patrões, facilitadores de situações destas, esmagam a seu belo prazer e depois escondem, tanto o que fizeram como o que depois fazem com o intuito de sonegar o feito. É triste... 

terça-feira, 29 de março de 2011

Estágios, estágios e mais estágios

Sinceramente, já me começa a irritar profundamente esta história das entidades empregadoras anunciarem a pedir candidaturas para estagiar nas suas empresas. Esta sede de estagiários é crescente. Já não somos nós a correr atrás dos estágios, para aplicarmos na prática aquilo que aprendemos na teórica. Mas sim, eles, a vir atrás de nós. Precisam de um profissional, exigindo estagiários.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades condiz com esta sede de estagiários... A corrida em busca de um estagiário não é para oferecer um estágio e ajudar à entrada deste no mercado de trabalho. A corrida aos estagiários esconde a vontade de ter o trabalho feito a custo zero ou muito reduzido.

A irritação tem também a ver com o facto de detectar imensos anúncios a pedir estagiários. crescem como cogumelos estes pseudo-anúncios de emprego.

sábado, 26 de março de 2011

Tarefas para entreter

Ontem aconteceu-me um episódio de contornos semelhantes a este já mencionado. Partiu de uma pessoa conhecida. A intenção era colocar-me a fazer uma tarefa essencial para a realização de um trabalho. Um favor, portanto. Não me importo de fazer favores, mas destes dispenso. Quando digo destes refiro-me a egoismo puro, oportunismo duro e a requintes de malvadez disfarçados de sentimento de pena (abomino!).

Mas esta malta pensa que por não se ter um trabalho a full-time anda por ai sem nada que fazer de café em café a emborcar medronhos? Pensam que não temos mais nada para fazer? Pensam que os trabalhos como trabalhadora independente são distracções adiáveis e fazíveis quando apetece? Ainda se me desse todo o trabalho, como já outras pessoas o fizeram e também eu já o fiz, era uma história; agora dar-me tarefas assim do nada?! Desenrasque-se, pois não sou lacaia.

"Olha estou com imenso trabalho. A juntar ao full-time estou que nem posso com biscates e não tenho tempo para esta tarefa. És a pessoa ideal para a fazeres porque estás sem fazer nada o dia inteiro". Por outras palavras foi isto que me disse... não é a única a fazer tais actos egoistas nem eu a única a levar com eles. Esta história fez-me recordar um desabafo de uma amiga: há largas semanas contou-me que uma amiga comum tentou dar-lhe tarefas para estar entretida. Mesma intenção, outras palavras... e não tenho mais palavras para tamanho egoismo com laivos de falsa preocupação.

Urgente: oferta de estágio

Hoje a busca por um estágio já não faz sentido. Hoje, abriu a caça ao estagiário, que se traduz na busca de um colaborador qualificado, que aceite trabalhar de borla na esperança de um dia receber um parco salário.

De facto, hoje soltei sonoras gargalhadas ao ler o título de um anúncio num reconhecido site de ofertas de emprego. Tal como o título deste post, o dito apelava à urgência em receber candidaturas de estagiários.

Engraçado porque há uns anos atrás eramos nós que corríamos atrás dos estágios, ou seja, contactavamos as empresas para lá realizarmos com sucesso um estágio. Agora pedem estagiários a torto e a direito. Onde já se viu pedir com urgência quem queira realizar um estágio como se de uma oferta de trabalho se tratasse.

Posto isto, reforço a minha teoria explicada há um ou dois posts atrás: deveria existir um site específico dedicado aos estágios para as empresas com lucros à custa de mão-de-obra barata ali colocarem os seus anúncios a pedir estagiários.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Trabalho de borla

Hoje tentaram - subtil e descaradamente - que fizesse um trabalho que demoraria algumas horas... de borla! A lata destes gajos não tem medidas! Foram muito subtis, mas topei o que queriam à distância de um clique.

Esta história teve início, na semana passada, quando respondi a um anúncio em que pediam um freelancer. Responderam algumas horas depois. Diziam que queriam passar à fase da entrevista, pois tinham gostado do meu CV. Como tal, indicaram-me temas para pesquisar, de modo a estar preparada para a dita. Assim o fiz, na desportiva. Hoje, enviaram um email a solicitar um trabalho com a intenção - disseram - de verem a qualidade do meu trabalho. Aproveito para sublinhar que enviei trabalhos já realizados, portanto desculpa mais esfarrapada não existe. Também acrescentaram que se gostassem, iria ter a tão falada entrevista e mais trabalho. Uma coisa é irmos a uma empresa e fazermos um teste, que integra todo o processo de selecção. Outra coisa é este tamanho oportunismo descarado e mal disfarçado...

É óbvio que se gostassem, aproveitavam e nada mais diriam. É óbvio que o anúncio foi colocado num site de emprego com a intenção de aliciar para depois pedirem este trabalho. É óbvio que não haveria mais trabalhos. É óbvio ser uma forma subtil de irem tendo trabalho a custo zero. É óbvio que crescem como cogumelos seres deste género. Oportunistas FDP (não têm outro nome). É óbvio que ignorei o email.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sites de emprego

Agora, ao ler este anúncio irritei-me profundamente e pensei se algo não poderá ser feito no sentido de contrariar uma tendência cada vez mais comum. Refiro-me aos demais sites de emprego que apresentam anúncios a pedir escravos, salpicados de anúncios sérios. Neste anúncio em concreto chamam ao trabalho à borla de "regime de solidariedade". Nome pomposo comparado com o popular "estágio" ou o grosseiro (mas directo) "trabalho não remunerado".

Crescem como cogumelos (venenosos) estes pseudo-anúncios. Entopem sites, por sua vez utilizados por quem está à procura de trabalho remunerado ou emprego pago com salário digno ao final do mês. As entidades anunciantes, essas, aprenderam umas com as outras tais manhas para terem lucro a custo zero no que respeita a mão-de-obra.

Sinceramente, deveria ser criado um site apenas dedicado a esta anormalidade e ilegalidade, que é pedir mão de obra a custo zero ou a troco de uns euros para ajudas de custo?! Caso fosse criado um site, ou uma área específica para o efeito no próprio site, quem realmente procura de emprego ficaria com o lixo automaticamente eliminado e não ficaria com os nervos à flôr da pele ao ler anúncios como o mencionado. É uma vergonha!

domingo, 20 de março de 2011

Stress de Domingo

Hoje, diversas vezes ao longo do dia, lembrei-me do stress que costuma ter ao Domingo, especialmente a partir do final do dia. O fim-de-semana tinha passado num ápice e estava a horas de começar mais uma semana, num ambiente de trabalho mau, repleto de gente mesquinha e sempre pronta a lixar o próximo. O stress dava lugar à má disposição, durante a manhã de Segunda-feira e, no final do dia, já partia contente para casa... como tinha boas condições de trabalho e gostava do que fazia, ia superando coisas como mau ambiente, algazarra e gritaria ao meu redor e de quando em vez dirigida a mim, intriga, má educação, parca cooperação e etc e tal.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ando a circular em emails

Quando decidi arrancar com este blog para desabafar, mas também para denunciar alguns episódios que aconteceram e que vão acontecendo, na qualidade de desempregada, empregada e prestadora de serviço e também de falso recibo verde, enviei um email para malta amiga para lhes dar a conhecer e para divulgarem se assim o entendessem. Hoje, recebi no meu email a seguinte mensagem:

«Ler com atenção sff e enviar para o pessoal amigo. É triste ter que fazaer isto, mas é a veradade pura e dura. http://memoriasdesempregadas.blogspot.com/
Fazer share no face book sff. Se acharem por bem, divulguem.»
 
Transcrevi exactamente como recebi e não foi a mensagem que enviei para alguns amigos, na altura em que divulguei o Memórias Bem (Des)empregadas (Memórias para os amigos). Quem me enviou, provavelmente nem faz a menor ideia que sou eu que o alimento. 
 
Fiquei contente. Fez-me sorrir. É sinal que houve quem o divulgou e, por conseguinte, outra pessoa o fez e outra e mais outra. É engraçado. Gostei.
 
Obrigada a todos aqueles que divulgam não apenas o Memórias mas outros parecidos, assim como alguns casos e algumas causas. É preciso acreditar, ter força e nunca desistir.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Semana das recusas

Definitivamente! Hoje foram mais duas, sendo uma de uma entrevista que fui há uns tempos a informar que não fui a seleccionada e a outra de um anúncio que respondi a informarem que o processo foi cancelado.

O que admiro é o facto de informarem. Acho digno de nota e denota que têm consideração. Da nossa parte, ficamos com o assunto arrumado, o que é sempre bom.

A semana vai a meio e seria tão bom receber uma boa notícia, ainda esta semana. Dava para animar, bem como contrabalançar a enchurrada de negas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Gerações à rasca

Ainda não tinha manifestado a minha opinião sobre este acontecimento que ganhou relevo no Facebook. Pensava que iria ter adesão, mas nunca pensei (nem eu nem ninguém talvez) que tivesse movido milhares.

Foi uma manifestação linda, emocionante e que mostrou o descontentamento do povo, sem limite de idade ou geração definida. Foi lindo ver a pacificidade com que decorreu. Foi lindo não ter havido violência. Foi lindo ver no mesmo evento pessoas e grupos que não partilham a mesma ideologia política. Foi lindo ver pais com filhos a caminhar rumo ao Rossio. Foi lindo ver portugueses e estrangeiros unidos pela mesma causa. Tudo foi lindo. Só espero que dali saiam consequências contra a precariedade, contra falhas do sistema prejudiciais para a classe trabalhadora, contra a austeridade, contra a exploração... 

Hoje levei uma nega

Amor com amor se paga, dizem. E uma resposta que tive hoje parece que veio a confirmar esta máxima. Ontem recusei eu, hoje recusaste tu.

Entre a passada quinta-feira e hoje decorreu um processo, que englobou resposta a anúncio, solicitação de um teste, realização e envio de teste. Gostaram do teste, mas não me escolheram para um biscate que até iria gostar de fazer, apesar de mal pago.

O que virá amanhã? Uma convocatória a um dos inúmeros anúncios que respondi ou a uma das muitas candidaturas espontâneas? Uma resposta positiva com semanas de atraso porque o processo de selecção afinal foi mais demorado que o esperado? Mais uma nega?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Hoje recusei um biscate

É verdade e devia ter deixado atrás de mim, pelo menos uma pessoa, a pensar que não quero é trabalhar. Trabalhar quero e muito - para além de gostar, sinto-me útil, estou ocupada com algo que gosto e mantém a minha sanidade mental - apenas não quero é pagar para trabalhar. Era o caso.

Além de ser muito (mesmo muito) mal pago, na qualidade de prestação de serviços, o trabalho a realizar era humanamente impossível. Perante as condições e a minha recusa, uma das pessoas deixou escapar da alma um pensamento. Verbalizou e confirmou o que eu pensei: só trabalhando 24 sob 24 horas seria possível realizar tal tarefa.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cunho da cunhocracia

Mentira, falta de palavra, fuga e cunhas. Eis algumas das coisas que me tiram do sério e suscitam em mim (uma pessoa de brandos costumes) uma enorme vontade de bater em alguém. Hoje irritei-me profundamente com uma resposta que chegou à minha caixa de correio electrónica.

Em meados de Fevereiro fui a esta entrevista e a intenção era na semana seguinte ligarem para uma reunião onde me iriam dar trabalho na qualidade de prestadora de serviços. Passou-se uma semana, enviei um email e nada. Passaram-se duas, liguei e nada. Enviei novo email ontem e hoje dignaram-se a responder (em mau português e grande atrapalhação) que, afinal, o director geral escolheu outra pessoa.

Cunhocracia a dar as cartas. Ao menos que não informem pessoas exteriores à cunhocracia. Porém, como já não é a primeira com o cunho da cunhocracia a atravessar-se no meu caminho, gostaria de um dia vir a saber se têm a cunha (que por si só já é mau) porque utilizam os demais? Porque os informam que foram seleccionados? Porque os informam que começam a trabalhar em determinada data e depois cancelam como se de um pedido gastronómico se tratasse? A cunha não deu logo a resposta? A cunha apareceu depois de terminado o processo?

Lanço desde já um desafio aos Mestres de Cunhas a escreverem um livro (pode ser com pseudónimo) a revelarem as respostas a estas e muitas outras questões. Queremos saber e é já o que se passa nos bastidores da cunhocracia.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Obviamente, vou manifestar-me no dia 12 de Março

É um facto que constato e comprovo. Basta para isso olhar para os inúmeros anúncios que vêm parar ao meu email, através de newsletters. Finalmente, hoje, consegui responder a dois. Acontece que, ao longo de vários dias, apenas tenho enviado candidaturas espontâneas. Porquê? Não por preguiça, mas porque todos os anúncios pedem escravos dos tempos modernos, vulgo estagiários.

Uma curiosidade caricata que verifiquei em dois ou três anúncios foi a mudança de designações, nomeadamente de "estágio" para "estágio curricular". Muito resumidamente, porque o assunto causa-me uma certa comichão (confesso!), segundo esta legislação, os estagiários devem receber salário, excepto aqueles que são admitidos para estágios curriculares. É, pois, fácil para o empregador dizer que é um estágio curricular para ter o trabalho de borla e lucrar com o mesmo.

Eu Vou! para protestar contra isto e muito mais. Vou para me juntar a outros camaradas e companheiros de luta, para dar voz ao manifesto que nos une.  

terça-feira, 1 de março de 2011

Mas esta está a durar há tempo demais

Pois é, não há forma de mandar embora esta desmotivação. Pegou-se como se de uma lapa se tratasse. Contudo, hoje senti um ligeiro desapego. No preciso momento em que o senti, vi um vídeo, no qual aparece uma amiga que foi despedida. O seu testemunho é igual a muitos e muitos outros. Dispensada injustamente, após tempo de dedicação, apesar de ter sido admitida em condições precárias. Fez-me pensar que neste mundo laboral vence quem é amigo de boy ou até mesmo boy. Cada vez mais, de facto.

Obviamente, as notícias acerca da nossa geração e da nossa luta contra a precariedade e as pedras atiradas na nossa direcção estão a contribuir para a morosidade desta chata desmotivação. No que respeita a respostas e entrevistas, nada de nada...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Não há desmotivação que dure sempre

Hoje o dia não foi muito fácil. Teve um ou outro aspecto positivo, mas alguns menos positivos. A juntar a tudo isto, é a dita que teima a não me largar! Está menos presente, de facto, mas ainda está... tomara que logo vá.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Simplesmente desmotivada

É assim que estou e penso que está relacionado com a adrenalina sentida nas últimas semanas. De facto, Fevereiro tem sido um mês muito agitado. Várias entrevistas, alguns biscates e outros assuntos que para aqui não são chamados... Agora acalmou um pouquinho.

E, no meio de toda aquela agitação, a verdade é que ainda não consegui algo fixo, que me garanta num futuro próximo (a longo prazo é impossível e já não penso!). O pouco que consigo é mais que precário e não dá para viver mas sim sobreviver.

Há dias assim e todos os dias desta semana que agora vai a meio têm sido assim... Amanhã é outro dia e quiçá não seja assim :)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fui contactada por um jornalista

Na sexta-feira fui contactada por um jornalista. Convidava-me para ir a um programa televisivo falar, na qualidade de desempregada. Sinceramente, não consulto o email, que criei para o Memórias, tão pouco o Facebook várias vezes ao dia como faço com o meu pessoal. Respondi tarde demais. Só espero que o desempregado que vá fale de alguns aspectos que gostaria abordar se tivesse respondido antes. Aspectos esses pouco conhecidos de muitas pessoas, sobretudo daquelas que nunca enfrentaram uma situação destas...

Iniciei o Memórias para desabafar e divulgar alguns aspectos relacionados com o desemprego, em especial os episódios insólitos a que estamos sujeitos nas entrevistas, por exemplo. Não pretendi descurar algumas situações ocorridas na pele de empregada. Nunca pensei que com isto fosse suscitar o interesse de alguém ao ponto de ser convidada a comparecer num programa televisivo, para falar sobre como é estar desempregada. Ainda bem. É verdade que a canção dos Deolinda e as diversas 'manifs' agendadas para Março sensibilizaram os meios de comunicação para um assunto que afecta um sem número de portugueses.

Nós, desempregados, somos lutadores. Não nos resignamos a um subsídio, quando efectivamente temos direito. Queremos trabalhar e ter direitos em troca. Algo que está a desaparecer. Falo por mim e mais uns tantos do meu círculo de amizades e conhecimentos: quando voltamos ao mercado de trabalho, por norma, é em condições precárias, sem direito a férias, subsídios ou 13.º mês. Descontamos do nosso bolso para a Segurança Social e pagamos nós próprios o IRS mensalmente. Ou seja, somos admitidos a Recibos Verdes.

Mais tarde ou mais cedo, o tema vai perder o destaque que está a ter agora nas agendas das estações de TV, das rádios e dos jornais e revistas. É normal que assim seja. É, porém, imperioso manter na superfície este tema que afecta não apenas uma geração mas várias gerações.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Outra entrevista normal

A entrevista de ontem foi normal. Empresa pequena que entretanto mudou de objectivo relacionado com o anúncio que colocou há largas semanas e ao qual respondi. Já não querem alguém a tempo inteiro, mas sim como prestador de serviços. Também serve, respondi-lhes quando me questionaram se continuava interessada. Quero é trabalhar!

Segundo me informaram, dirão algo para a semana. Se não for seleccionada, só espero ser avisada, de forma a arrumar o assunto. É sempre melhor arrumar assuntos que deixá-los pendentes. Pendentes aparecem com maior frequência que arrumados.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Terceira fase à vida

Hoje confirmaram que, afinal, não fui seleccionada para a terceira fase. Enviaram um email e só lhes ficou bem. No final da entrevista da segunda fase, perguntei até quando diriam algo, ao que responderam que se não ligassem até sexta-feira nada feito. Deviam ter considerado e escrever um email para uns quantos, afinal, não se revelou assim tão trabalhoso.

Resumindo, baralhando e concluindo, entre todas as entrevistas que fui nestas 2 últimas semanas, nenhuma resultou em oportunidade de trabalho mais estável e com euros certinhos no fim do mês.

A maioria dos entrevistadores teve a amabilidade de informar, não me deixando eternamente na expectativa (não ficaria, mas é diferente quando temos a confirmação), todas as entrevistas foram normais. Tudo indica, pois, que eventualmente estarei a alguns passos de conseguir algo. A ausência de episódios insólitos assim o indica. Penso eu... não convém fazer a festa, atirar os foguetes e correr para apanhar os ditos. Amanhã tenho a tal entrevista desmarcada na sexta-feira e não vá o diabo tecê-las e pregar-me uma partida... 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Coisas que acontecem

Hoje tinha uma entrevista. Mais uma. Parecia mais uma daquelas normais. Precisamente na altura em que me preparava para sair de casa, recebo uma chamada a desmarcar a dita. Não indicaram nova data. Disseram que me vão voltar a ligar... Coisas que acontecem.

No que respeita a respostas das outras entrevistas, em especial, daquela que poderia ser seleccionada para a terceira fase 'nicles'. Significa, portanto, que não fui seleccionada. Adaptando Bob Marley, 'no answer, no job' :)

De resto cá me encontro a enviar CV's e quase a transformar-me numa trabalhadora independente. Queria contrato e poiso laboral, em especial, pelas garantias que oferecem em termos de subsídio (férias, natal, doença, desemprego), mas o mercado está mais fácil para os independentes, de facto. Pior são os descontos que temos de fazer. Mas isso é outra história!

P.S. Já me ligaram a agendar nova data para a entrevista que deveria ter acontecido hoje.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ainda há quem tenha consideração

O corropio de entrevistas não pára... e, ao contrário do que acontecia com frequência, ou seja, bizarrarias e episódios insólitos, as entrevistas foram normais.

Tal como anunciei, na sexta-feira passada, fui a duas entrevistas e já tive resultados. Numa passei para a segunda fase: ontem voltei ao local para uma segunda entrevista. Haverá uma terceira fase e se for seleccionada deverão ligar nos próximos dias para agendar a terceira e última entrevista.

Quanto à outra entrevista, hoje ligaram-me a dizer que não fui seleccionada. Engraçado porque senti uma certa simpatia por parte de quem me ligou. Disse para não ficar triste por não ter sido escolhida e sublinhou ter sido uma escolha difícil. Este género de atitude dá outro alento. Só lhes fica bem mostrarem consideração e respeito e, acima de tudo, serem sinceros.

É bom saber que nem todos são pulhas como aquela gentinha que ligou a dizer que fui seleccionada e volvidas horas, afinal, mudou de opinião...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Esta vida de desempregada...

... está a dar que falar! Fazer talvez seja o verbo mais correcto.

Entre os períodos em que estive desempregada ou mesmo empregada e à procura de poiso melhor, nunca antes tinha tinho tanta atribulação. De facto, é repleto de afazeres e, sobretudo, entrevistas. É certo que a maioria delas resulta em episódios insólitos, como tenho relatado. E aquelas que não são para mais tarde recordar e... rir carecem de uma resposta a informar que não fui seleccionada para o cargo.

No início da semana marcaram-me uma entrevista para amanhã, referente a um anúncio que respondi há séculos. Hoje ligaram-me para uma entrevista amanhã, na sequência de um anúncio que respondi ontem. Sorte por não haver sobreposição de horários. Tomara que não sejam episódios dignos de nota insólita.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Resposta negativa

Hoje recebi a resposta a esta entrevista. O trabalho, em certos aspectos, parecia engraçado e fazível, até porque em tempos de crise conseguir trabalho é milagre! O horário era deveras estranho e o ordenado ainda mais, assim como as condições, vulgo falsos recibos verdes.

Se não seriam dos mais correctos ao nível das condições - correcto seria darem um subsídio para trabalho nocturo, afinal seria até às 22h, bem como contrato de trabalho - foram dos mais correctos no que a respostas diz respeito.

Informaram, durante a entrevista, que diriam algo 8 dias depois. De facto, 8 dias depois recebi uma mensagem a informar que o período de entrevistas se prolongou, pelo que não era possível cumprir o prazo de resposta. Hoje, deram-me a resposta negativa que já esperava.

Ainda há potenciais empregadores com consideração e pequenas atenções por quem anda de entrevista em entrevista sem esperar obter resposta relativamente à decisão negativa. Tiveram uma atitute politicamente correcta. Assim deviam ser todos porque ainda há quem fique na expectativa sobre a selecção e respectivos resultados.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Assédio moral

Sensivelmente há duas semanas ouvi alguém comentar que almoçava sozinha todos os dias e só de quando em vez usufruia da companhia de um colega de trabalho. Há um par de dias, uma amiga falava-me de um caso de uma conhecida com quem ninguém socializa no poiso laboral. Hoje, um dos temas abordados numa mailing list que integro dizia respeito a uma reportagem da Visão sobre Histórias de Terror no trabalho.

O assédio moral ou mobbing, acontece e nem sempre é percebido ou identificado como tal. O mobbing tanto pode surgir da parte das chefias como dos próprios colegas. Pode também ser causado por um colega invejoso ou por um director que quer dividir para reinar. Pode ser uma arma contra alguém que se quer dispensar. Pode ser praticado ou ser levado a praticar... Que importa? Importa, sobretudo, que existe e começa já a ser corriqueiro nos ambientes de trabalho. Pior, faz vítimas e enormes estragos.

Um objectivo bem definido do mobbing é isolar a vítima, causar solidão. A vítima não raras vezes pensa que tem algum problema, não percebe o que se passa e é violentamente atingida a nível moral, intelectual, social. Começa a duvidar das suas capacidades profissionais e o seu valor enquanto ser humano.

Nem sempre é tolerável, não é fácil perceber ou ultrapassar tão pouco poderá identificar o(s) agressor(es). Em certos casos, pode conduzir à baixa psiquiátrica, causar depressões ou até mesmo motivar o despedimento. Deixa marcas, é certo. Fala a voz da experiência que percebeu pouco depois de sentir na pele e de ultrapassar, sem saber como nem porquê...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Programa de Estágios na Administração Local (PEPAL)

Sensivelmente há 2 ou 3 semanas falaram-me destes estágios, cujas inscrições começaram ontem, estendendo-se até 4 de Fevereiro. É uma boa iniciativa, na qual fiquei desde logo interessada.

Ontem estive horas a tentar aceder ao site, para submeter a candidatura, sem sucesso. Hoje, há escassos minutos, consegui submeter a minha candidatura. Se não pensar que os lugares já estão todos devidamente ocupados por amiguinhos, vulgo cunhas, é algo mais que me dá esperança de passar de desocupada a ocupada. Afinal, não é esta a última a morrer?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Teria sido a minha voz de criança?

A semana passada foi definitivamente a semana das entrevistas. Além dos dois episódios já relatados houve um terceiro fazendo jus à máxima "não há duas sem três".

Há semanas enviei uma candidatura espontânea e a pessoa responsável pelas admissões ligou-me para reunirmos. Foi agendado um encontro e, no dia do dito, ligou-me duas vezes a adiar por meia hora de cada vez. Já estava a achar estranho, mas lá fui esperando...

Mal me vê diz-me que estão a admitir estagiários. Por que razão não me disse logo isso? Não teria visto a minha data de nascimento? Não reparou na experiência profissional? Será que ao ouvir a minha voz (um tanto ou quanto de miúda) pensou que tinha acabado de sair na última fornada de recém-licenciados? O que o motivou a chamar-me?

Estas questões confundiam os meus neurónios quando me informa que futuramente, talvez, venha a necessitar de um profissional com a minha experiência. Acrescentou que já me ficou a conhecer e que assim já tem "trabalho" adiantado. Agora só mesmo estagiários. Felizmente, nem fez uma proposta de lá ficar por tostão e meio como já alguns me fizeram...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Recibo verde mensal de 500 euros

Num dia desta semana fui contactada para uma entrevista referente a um anúncio que respondi, porque preenchia alguns dos requisitos. Contudo, desconhecia a função exacta. Assistente de Produção pode ser muita coisa. O ramo de actividade era um tanto ou quanto vasto e subjectivo, ou seja, eventos. Mas que género de eventos? Soube na entrevista - despedidas de solteiro/a, sobretudo.

As funções, essas, seriam essencialmente de caracter administrativo e decorreriam num período de 8 horas por dia, das 14h00 às 22h00. Ao final do mês teria de passar um recibo verde no valor de 500 euros. Tinha a possibilidade de engrossar o ordenado com trabalhos extra, em especial às sextas e sábados pela noite dentro, isto é, acompanhamento de despedidas de solteira.

Torci o nariz. Acto que talvez levou o entrevistador a dizer logo de seguida que a contabilidade da empresa é feita de 3 em 3 meses, pelo que podia abrir e fechar a actividade no mesmo mês, de 3 em 3 meses, para não pagar a Segurança Social. Um verdadeiro incentido, que também manda areia ao constatar de precaridade no trabalho.

Dizem que "santos perto de casa não fazem milagres" e este seguramente não me fará nenhum milagre :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Na Lua e de luas - Parte 2

Pois é, no dia seguinte ligou-me. Como era de um número que desconhecia nem imaginei quem pudesse ser... depois de se identificar, pediu desculpa e justificou-se ter deixado o telemóvel no silêncio porque estava doente. Sou coração mole, admito, e lá a deixei marcar novo encontro para me falar do projecto, no qual precisa do meu dedo profissional, e claro de pormenores como o pagamento por exemplo.

Naquele dia, na sua perspectiva, houve um mal-entendido. Disse que me ligaria uma hora antes do encontro. Não ligou e ficou descansada. Na minha perspectiva, não ligou porque se esqueceu e como se tinha marcado uma hora exacta lá fui ao local sob pena de não ir por não receber o telefonema e considerar que me esqueci...

Entre o telefonema com o merecido pedido de desculpa e o encontro agendado, apareceu trabalho irrecusável, que me vai manter entretida. Tive de cancelar a reunião e o trabalho que ai vinha...

Não pensem contudo que abandono aqui a minha condição de desempregada e que lá se vão as memórias. Nada disso! Continuo em busca de um poiso laboral. Este trabalho tão absorvente é efémero como se de uma empreitada se tratasse.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Na Lua e de luas

Já começava a sentir falta de episódios insólitos, de facto. Na semana passada uma certa directora de uma empresa contactou-me com a finalidade de marcar uma entrevista para hoje de manhã. Já me conhecia de outros carnavais, gostava do meu trabalho e supostamente tinha trabalho para mim, na qualidade de freelancer. Fixe!

Segundo a suas indicações, fiquei mais ou menos com a ideia do local, mas ainda andei às voltas. Liguei e nada, quer para o telemóvel, quer para o fixo. Entre as insistências, liguei para uma amiga, que me confirmou o nome da rua, depois de pesquisar na Internet. Eu tinha apenas as indicações da outra senhora! Bom, com a morada exacta lá dei com a empresa, sita num r/c de um bloco habitacional. Tinha as persianas interiores fechadas. Junto à porta de entrada esvoaçavam folhas secas. O tapete apresentava um aspecto de não ser pisado há algum tempo. Nenhum sinal de vida, tal como o telefone e o telemóvel.

Estranho. Muito estranho. Ponderar é fácil. Poderia já não precisar, por exemplo. Nada mais fácil: dizia! Aconteceu um imprevisto? Bastava adiar. A empresa foi ao ar? Até pode ter sido... com a facilidade com que se criam empresas neste país; difícil é mantê-las e ter cabeça para as dirigir. Mais difícil ainda é enfrentar pessoas que se contactou com a finalidade de lhes dar o que fazer a nível profissional.

Entre muitas outras ponderações, uma das minhas preferidas faz jus à tradução para português do nome da empresa. Como acontece com muita boa empresa em Portugal, também esta tem um nome inglês. Quiçá pretendem expandir horizontes daqui até à Lua. Hum... a avaliar pelo sumiço desta manhã, é uma hipótese remota. Directora e subordinados (se de facto existem) trabalham (e vivem) na lua e e são de luas, sem dúvida :)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Foi você que colocou um anúncio?

- Estou... boa tarde!
- Boa tarde. Diga.
- Gostaria de falar com o Sr. X.
- É o próprio.
- Estou a ligar por causa de um anúncio que vi... só tinha o telefone...
- Exacto. Houve um erro e foi colocado o nosso número telefónico.
- Penso que preencho os requisitos, por isso gostaria de saber como me poderei candidatar.
- Como já lhe disse, houve um erro na colocação do anúncio. Para além de ter sido colocado o nosso telefone, o título do anúncio está errado.
- Como assim?
- Você estaria disponível para um estágio não remunerado?
- Ah então é para estagiar...
- Sim e isso não está referido. Têm de ser os responsáveis pelo site a alterar e já lhes pedimos. Mas, está ou não interessada?
- Estágio não remunerado...
- Sim.
- Não estou interessada, obrigada. Procuro trabalho remunerado por razões óbvias.
- Ok. De qualquer forma, obrigado pelo seu contacto.
- Boa tarde.
- Boa tarde.

Eis mais um episódio nesta minha busca intensiva por um poiso laboral. Aconteceu hoje pela fresca. Comprova, mais uma vez, que o que está a dar é ser estagiário. Não remunerado, saliente-se.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Candidaturas espontâneas

Se em relação às poucas entrevistas recentemente realizadas nem 'nim' recebi, o mesmo não aconteceu relativamente às candidaturas espontâneas que ontem enviei. Elaborei bonitas cartas de apresentação, personalizadas, às quais anexei o meu CV. Fiz isso para 10 locais diferentes, durante a tarde e parte da noite.

Curiosamente, ao contrário do que costuma acontecer, recebi 3 respostas até ao final do dia de hoje! Não aquelas que gostaria, mas as politicamente correctas, a informar que vão considerar a candidatura e guardar o CV para eventuais futuras oportunidades. Não me importo, contudo, receber este tipo de resposta. Dá-me outro alento, motiva-me e não fico com a estranha sensação que estou a enviar candidaturas para o nada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nem um 'nim' recebo

Não, Sim ou Nim não integram de todo o vocabulário dos potenciais empregadores. Antes de o ano terminar, nomeadamente em Novembro (Dezembro é um mês morto por excelência!) cheguei a ir a uma ou duas entrevistas normais e não obtive qualquer tipo de resposta em relação ao resultado das ditas entrevistas, que por acaso nem correram mal.

Também antes do Ano Novo dar a cara respondi a anúncios, muitos anúncios, e enviei diversas candidaturas espontâneas. Foi como se caíssem em saco roto. Deambulam algures no espaço cibernético.

Janeiro está quase a meio e a situação inalterável, como se de Dezembro se tratasse. Já sei! As presidenciais estão à porta e é preciso ter calma; o FMI deve estar a chegar, por isso o melhor mesmo é digerir mais um pouco os excessos cometidos no Natal e no fim do ano. Talvez em Fevereiro isto se mexa... talvez.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Recibo Verde ataca outro Recibo Verde

É engraçado quando de quando em vez a insegurança fala mais alto... lembro-me de uma situação um tanto ou quanto caricata que me levou a pedir a demissão. Demissão é muito forte, visto que neste trabalho era um Falso Recibo Verde, isto é, cumpria horário, tinha chefia e usava as instalações da empresa, porém não tinha contrato de trabalho, mas dava o belo do recibo verde no final do mês em troca do belo do ordenado sob o qual tinha de descontar para a Segurança Social e IRS.

Fui admitida para as funções porque um outro Falso Recibo Verde decidiu ir embora. Entretanto, arrependeu-se e voltou, mas as nossas funções não chocavam, pelo que me mantiveram num projecto e a esse RV noutro.

A chefia gostou do meu trabalho e recebi um elogio que não foi visto com bons olhos pelo tal RV que já falei. Não sei como, este RV começou a trabalhar no projecto para o qual fui designada e começou a abafar-me e prejudicar-me. Nada me foi dito, estava lá há semanas e julguei que entre eles decidiram mudar a chefia. O tal RV começou a dar-me tarefas muito estapafúrdias, do género fazer 'copy/paste' de conteúdos de um site para um documento word.

Esta situação durou algumas semanas. Fartei-me porque não tinha sido "contratada" para aquilo e resolvi ir dizer a quem me admitiu que queria voar dali para fora. Estupefacto, perguntou-me a razão e expliquei o porquê. Mais estupecfacto ficou e não me deixou ir à minha vida.

Por coincidência, nesse dia, recebo um email do tal RV a dar árduas tarefas. Para uma semana tinha de fazer copy de uma notícia para um documento word. E no resto do tempo? Passear na Internet era uma alternativa...

Mal terminei a tarefa, uns 5 minutos depois, respondi-lhe a informar que a tinha terminado. Fiz Cc para aquele que afinal era meu chefe. No dia seguinte, passei a ter tarefas normais.

Com a chegada deste Recibo Verde que vos fala o Recibo Verde mais antigo devia ter sentido ameaça, insegurança. As pessoas por vezes são muito estúpidas, especialmente no maravilhoso mundo do trabalho, sobretudo com os seus pares. A propósito, os contratados e efectivos recebiam a mais pura graxa deste RV que vos falo e, consoante o apelido, mudava a maneira de polir a graxa já espalhada.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Mais estágios

É preciso distinguir os estágios de que já falei com os estágios do IEFP. Estes são remunerados e dão acesso a regalias como o subsídio de desemprego, por exemplo.

Apesar de a bolsa do Instituto do Emprego andar de mãos dadas com o trabalho precário, realizar um estágio do IEFP é menos mau que um estágio comum (oferecido pela própria empresa).

Optar por um dos dois estágios é possível e perante "trabalhar para aquecer" e "trabalhar para receber", obviamente as escolhas dirigem-se para o estágio do IEFP.

Por seu turno, o privilégio de opção é só para alguns... por um lado, é preciso que a empresa usufrua das bolsas do IEFP; por outro, o candidato a estagiário deve preencher certos requisitos, entre eles a idade inferior a 30 anos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando for grande quero estagiar

Desde que começou o Ano Novo conto pelos dedos das mãos os anúncios onde não constam as palavras "estágio" ou "estagiário". É caso para dizer "quando for grande quero ser estagiária". Acontece, no entanto, que já não posso formular sonhos para quando for grande porque já sou grande e porque, como é óbvio, já conclui o estágio há muito...

Curiosamente, em alguns sítios, dão a possibilidade aos mais experientes de fazer um estágio. Alguns sem qualquer tipo de regalias, outros oferecem "ajudas de custo" para "transportes" ou "alimentação". Pedem determinados requisitos supostamente pertença de quem já concluiu o estágio há largos meses (para não dizer anos!), por isso algumas vezes optam por dar o nome de "período experimental".

Fazer um estágio é essencial, para ingressar no mercado de trabalho, para aprender o que não se aprendeu nos cursos ou para pôr em prática a teoria. Há muito, contudo, que o estágio deixou de ser encarado como tal. Na maioria das situações serve para as entidades empregadoras terem trabalho a custo zero. É mais lucrativo de 2 em 2, 3 em 3 ou 4 em 4 meses dispensar algumas horas a explicar determinadas tarefas aos novos estagiários que ter colaboradores experientes.