sábado, 29 de janeiro de 2011

Resposta negativa

Hoje recebi a resposta a esta entrevista. O trabalho, em certos aspectos, parecia engraçado e fazível, até porque em tempos de crise conseguir trabalho é milagre! O horário era deveras estranho e o ordenado ainda mais, assim como as condições, vulgo falsos recibos verdes.

Se não seriam dos mais correctos ao nível das condições - correcto seria darem um subsídio para trabalho nocturo, afinal seria até às 22h, bem como contrato de trabalho - foram dos mais correctos no que a respostas diz respeito.

Informaram, durante a entrevista, que diriam algo 8 dias depois. De facto, 8 dias depois recebi uma mensagem a informar que o período de entrevistas se prolongou, pelo que não era possível cumprir o prazo de resposta. Hoje, deram-me a resposta negativa que já esperava.

Ainda há potenciais empregadores com consideração e pequenas atenções por quem anda de entrevista em entrevista sem esperar obter resposta relativamente à decisão negativa. Tiveram uma atitute politicamente correcta. Assim deviam ser todos porque ainda há quem fique na expectativa sobre a selecção e respectivos resultados.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Assédio moral

Sensivelmente há duas semanas ouvi alguém comentar que almoçava sozinha todos os dias e só de quando em vez usufruia da companhia de um colega de trabalho. Há um par de dias, uma amiga falava-me de um caso de uma conhecida com quem ninguém socializa no poiso laboral. Hoje, um dos temas abordados numa mailing list que integro dizia respeito a uma reportagem da Visão sobre Histórias de Terror no trabalho.

O assédio moral ou mobbing, acontece e nem sempre é percebido ou identificado como tal. O mobbing tanto pode surgir da parte das chefias como dos próprios colegas. Pode também ser causado por um colega invejoso ou por um director que quer dividir para reinar. Pode ser uma arma contra alguém que se quer dispensar. Pode ser praticado ou ser levado a praticar... Que importa? Importa, sobretudo, que existe e começa já a ser corriqueiro nos ambientes de trabalho. Pior, faz vítimas e enormes estragos.

Um objectivo bem definido do mobbing é isolar a vítima, causar solidão. A vítima não raras vezes pensa que tem algum problema, não percebe o que se passa e é violentamente atingida a nível moral, intelectual, social. Começa a duvidar das suas capacidades profissionais e o seu valor enquanto ser humano.

Nem sempre é tolerável, não é fácil perceber ou ultrapassar tão pouco poderá identificar o(s) agressor(es). Em certos casos, pode conduzir à baixa psiquiátrica, causar depressões ou até mesmo motivar o despedimento. Deixa marcas, é certo. Fala a voz da experiência que percebeu pouco depois de sentir na pele e de ultrapassar, sem saber como nem porquê...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Programa de Estágios na Administração Local (PEPAL)

Sensivelmente há 2 ou 3 semanas falaram-me destes estágios, cujas inscrições começaram ontem, estendendo-se até 4 de Fevereiro. É uma boa iniciativa, na qual fiquei desde logo interessada.

Ontem estive horas a tentar aceder ao site, para submeter a candidatura, sem sucesso. Hoje, há escassos minutos, consegui submeter a minha candidatura. Se não pensar que os lugares já estão todos devidamente ocupados por amiguinhos, vulgo cunhas, é algo mais que me dá esperança de passar de desocupada a ocupada. Afinal, não é esta a última a morrer?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Teria sido a minha voz de criança?

A semana passada foi definitivamente a semana das entrevistas. Além dos dois episódios já relatados houve um terceiro fazendo jus à máxima "não há duas sem três".

Há semanas enviei uma candidatura espontânea e a pessoa responsável pelas admissões ligou-me para reunirmos. Foi agendado um encontro e, no dia do dito, ligou-me duas vezes a adiar por meia hora de cada vez. Já estava a achar estranho, mas lá fui esperando...

Mal me vê diz-me que estão a admitir estagiários. Por que razão não me disse logo isso? Não teria visto a minha data de nascimento? Não reparou na experiência profissional? Será que ao ouvir a minha voz (um tanto ou quanto de miúda) pensou que tinha acabado de sair na última fornada de recém-licenciados? O que o motivou a chamar-me?

Estas questões confundiam os meus neurónios quando me informa que futuramente, talvez, venha a necessitar de um profissional com a minha experiência. Acrescentou que já me ficou a conhecer e que assim já tem "trabalho" adiantado. Agora só mesmo estagiários. Felizmente, nem fez uma proposta de lá ficar por tostão e meio como já alguns me fizeram...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Recibo verde mensal de 500 euros

Num dia desta semana fui contactada para uma entrevista referente a um anúncio que respondi, porque preenchia alguns dos requisitos. Contudo, desconhecia a função exacta. Assistente de Produção pode ser muita coisa. O ramo de actividade era um tanto ou quanto vasto e subjectivo, ou seja, eventos. Mas que género de eventos? Soube na entrevista - despedidas de solteiro/a, sobretudo.

As funções, essas, seriam essencialmente de caracter administrativo e decorreriam num período de 8 horas por dia, das 14h00 às 22h00. Ao final do mês teria de passar um recibo verde no valor de 500 euros. Tinha a possibilidade de engrossar o ordenado com trabalhos extra, em especial às sextas e sábados pela noite dentro, isto é, acompanhamento de despedidas de solteira.

Torci o nariz. Acto que talvez levou o entrevistador a dizer logo de seguida que a contabilidade da empresa é feita de 3 em 3 meses, pelo que podia abrir e fechar a actividade no mesmo mês, de 3 em 3 meses, para não pagar a Segurança Social. Um verdadeiro incentido, que também manda areia ao constatar de precaridade no trabalho.

Dizem que "santos perto de casa não fazem milagres" e este seguramente não me fará nenhum milagre :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Na Lua e de luas - Parte 2

Pois é, no dia seguinte ligou-me. Como era de um número que desconhecia nem imaginei quem pudesse ser... depois de se identificar, pediu desculpa e justificou-se ter deixado o telemóvel no silêncio porque estava doente. Sou coração mole, admito, e lá a deixei marcar novo encontro para me falar do projecto, no qual precisa do meu dedo profissional, e claro de pormenores como o pagamento por exemplo.

Naquele dia, na sua perspectiva, houve um mal-entendido. Disse que me ligaria uma hora antes do encontro. Não ligou e ficou descansada. Na minha perspectiva, não ligou porque se esqueceu e como se tinha marcado uma hora exacta lá fui ao local sob pena de não ir por não receber o telefonema e considerar que me esqueci...

Entre o telefonema com o merecido pedido de desculpa e o encontro agendado, apareceu trabalho irrecusável, que me vai manter entretida. Tive de cancelar a reunião e o trabalho que ai vinha...

Não pensem contudo que abandono aqui a minha condição de desempregada e que lá se vão as memórias. Nada disso! Continuo em busca de um poiso laboral. Este trabalho tão absorvente é efémero como se de uma empreitada se tratasse.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Na Lua e de luas

Já começava a sentir falta de episódios insólitos, de facto. Na semana passada uma certa directora de uma empresa contactou-me com a finalidade de marcar uma entrevista para hoje de manhã. Já me conhecia de outros carnavais, gostava do meu trabalho e supostamente tinha trabalho para mim, na qualidade de freelancer. Fixe!

Segundo a suas indicações, fiquei mais ou menos com a ideia do local, mas ainda andei às voltas. Liguei e nada, quer para o telemóvel, quer para o fixo. Entre as insistências, liguei para uma amiga, que me confirmou o nome da rua, depois de pesquisar na Internet. Eu tinha apenas as indicações da outra senhora! Bom, com a morada exacta lá dei com a empresa, sita num r/c de um bloco habitacional. Tinha as persianas interiores fechadas. Junto à porta de entrada esvoaçavam folhas secas. O tapete apresentava um aspecto de não ser pisado há algum tempo. Nenhum sinal de vida, tal como o telefone e o telemóvel.

Estranho. Muito estranho. Ponderar é fácil. Poderia já não precisar, por exemplo. Nada mais fácil: dizia! Aconteceu um imprevisto? Bastava adiar. A empresa foi ao ar? Até pode ter sido... com a facilidade com que se criam empresas neste país; difícil é mantê-las e ter cabeça para as dirigir. Mais difícil ainda é enfrentar pessoas que se contactou com a finalidade de lhes dar o que fazer a nível profissional.

Entre muitas outras ponderações, uma das minhas preferidas faz jus à tradução para português do nome da empresa. Como acontece com muita boa empresa em Portugal, também esta tem um nome inglês. Quiçá pretendem expandir horizontes daqui até à Lua. Hum... a avaliar pelo sumiço desta manhã, é uma hipótese remota. Directora e subordinados (se de facto existem) trabalham (e vivem) na lua e e são de luas, sem dúvida :)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Foi você que colocou um anúncio?

- Estou... boa tarde!
- Boa tarde. Diga.
- Gostaria de falar com o Sr. X.
- É o próprio.
- Estou a ligar por causa de um anúncio que vi... só tinha o telefone...
- Exacto. Houve um erro e foi colocado o nosso número telefónico.
- Penso que preencho os requisitos, por isso gostaria de saber como me poderei candidatar.
- Como já lhe disse, houve um erro na colocação do anúncio. Para além de ter sido colocado o nosso telefone, o título do anúncio está errado.
- Como assim?
- Você estaria disponível para um estágio não remunerado?
- Ah então é para estagiar...
- Sim e isso não está referido. Têm de ser os responsáveis pelo site a alterar e já lhes pedimos. Mas, está ou não interessada?
- Estágio não remunerado...
- Sim.
- Não estou interessada, obrigada. Procuro trabalho remunerado por razões óbvias.
- Ok. De qualquer forma, obrigado pelo seu contacto.
- Boa tarde.
- Boa tarde.

Eis mais um episódio nesta minha busca intensiva por um poiso laboral. Aconteceu hoje pela fresca. Comprova, mais uma vez, que o que está a dar é ser estagiário. Não remunerado, saliente-se.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Candidaturas espontâneas

Se em relação às poucas entrevistas recentemente realizadas nem 'nim' recebi, o mesmo não aconteceu relativamente às candidaturas espontâneas que ontem enviei. Elaborei bonitas cartas de apresentação, personalizadas, às quais anexei o meu CV. Fiz isso para 10 locais diferentes, durante a tarde e parte da noite.

Curiosamente, ao contrário do que costuma acontecer, recebi 3 respostas até ao final do dia de hoje! Não aquelas que gostaria, mas as politicamente correctas, a informar que vão considerar a candidatura e guardar o CV para eventuais futuras oportunidades. Não me importo, contudo, receber este tipo de resposta. Dá-me outro alento, motiva-me e não fico com a estranha sensação que estou a enviar candidaturas para o nada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nem um 'nim' recebo

Não, Sim ou Nim não integram de todo o vocabulário dos potenciais empregadores. Antes de o ano terminar, nomeadamente em Novembro (Dezembro é um mês morto por excelência!) cheguei a ir a uma ou duas entrevistas normais e não obtive qualquer tipo de resposta em relação ao resultado das ditas entrevistas, que por acaso nem correram mal.

Também antes do Ano Novo dar a cara respondi a anúncios, muitos anúncios, e enviei diversas candidaturas espontâneas. Foi como se caíssem em saco roto. Deambulam algures no espaço cibernético.

Janeiro está quase a meio e a situação inalterável, como se de Dezembro se tratasse. Já sei! As presidenciais estão à porta e é preciso ter calma; o FMI deve estar a chegar, por isso o melhor mesmo é digerir mais um pouco os excessos cometidos no Natal e no fim do ano. Talvez em Fevereiro isto se mexa... talvez.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Recibo Verde ataca outro Recibo Verde

É engraçado quando de quando em vez a insegurança fala mais alto... lembro-me de uma situação um tanto ou quanto caricata que me levou a pedir a demissão. Demissão é muito forte, visto que neste trabalho era um Falso Recibo Verde, isto é, cumpria horário, tinha chefia e usava as instalações da empresa, porém não tinha contrato de trabalho, mas dava o belo do recibo verde no final do mês em troca do belo do ordenado sob o qual tinha de descontar para a Segurança Social e IRS.

Fui admitida para as funções porque um outro Falso Recibo Verde decidiu ir embora. Entretanto, arrependeu-se e voltou, mas as nossas funções não chocavam, pelo que me mantiveram num projecto e a esse RV noutro.

A chefia gostou do meu trabalho e recebi um elogio que não foi visto com bons olhos pelo tal RV que já falei. Não sei como, este RV começou a trabalhar no projecto para o qual fui designada e começou a abafar-me e prejudicar-me. Nada me foi dito, estava lá há semanas e julguei que entre eles decidiram mudar a chefia. O tal RV começou a dar-me tarefas muito estapafúrdias, do género fazer 'copy/paste' de conteúdos de um site para um documento word.

Esta situação durou algumas semanas. Fartei-me porque não tinha sido "contratada" para aquilo e resolvi ir dizer a quem me admitiu que queria voar dali para fora. Estupefacto, perguntou-me a razão e expliquei o porquê. Mais estupecfacto ficou e não me deixou ir à minha vida.

Por coincidência, nesse dia, recebo um email do tal RV a dar árduas tarefas. Para uma semana tinha de fazer copy de uma notícia para um documento word. E no resto do tempo? Passear na Internet era uma alternativa...

Mal terminei a tarefa, uns 5 minutos depois, respondi-lhe a informar que a tinha terminado. Fiz Cc para aquele que afinal era meu chefe. No dia seguinte, passei a ter tarefas normais.

Com a chegada deste Recibo Verde que vos fala o Recibo Verde mais antigo devia ter sentido ameaça, insegurança. As pessoas por vezes são muito estúpidas, especialmente no maravilhoso mundo do trabalho, sobretudo com os seus pares. A propósito, os contratados e efectivos recebiam a mais pura graxa deste RV que vos falo e, consoante o apelido, mudava a maneira de polir a graxa já espalhada.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Mais estágios

É preciso distinguir os estágios de que já falei com os estágios do IEFP. Estes são remunerados e dão acesso a regalias como o subsídio de desemprego, por exemplo.

Apesar de a bolsa do Instituto do Emprego andar de mãos dadas com o trabalho precário, realizar um estágio do IEFP é menos mau que um estágio comum (oferecido pela própria empresa).

Optar por um dos dois estágios é possível e perante "trabalhar para aquecer" e "trabalhar para receber", obviamente as escolhas dirigem-se para o estágio do IEFP.

Por seu turno, o privilégio de opção é só para alguns... por um lado, é preciso que a empresa usufrua das bolsas do IEFP; por outro, o candidato a estagiário deve preencher certos requisitos, entre eles a idade inferior a 30 anos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando for grande quero estagiar

Desde que começou o Ano Novo conto pelos dedos das mãos os anúncios onde não constam as palavras "estágio" ou "estagiário". É caso para dizer "quando for grande quero ser estagiária". Acontece, no entanto, que já não posso formular sonhos para quando for grande porque já sou grande e porque, como é óbvio, já conclui o estágio há muito...

Curiosamente, em alguns sítios, dão a possibilidade aos mais experientes de fazer um estágio. Alguns sem qualquer tipo de regalias, outros oferecem "ajudas de custo" para "transportes" ou "alimentação". Pedem determinados requisitos supostamente pertença de quem já concluiu o estágio há largos meses (para não dizer anos!), por isso algumas vezes optam por dar o nome de "período experimental".

Fazer um estágio é essencial, para ingressar no mercado de trabalho, para aprender o que não se aprendeu nos cursos ou para pôr em prática a teoria. Há muito, contudo, que o estágio deixou de ser encarado como tal. Na maioria das situações serve para as entidades empregadoras terem trabalho a custo zero. É mais lucrativo de 2 em 2, 3 em 3 ou 4 em 4 meses dispensar algumas horas a explicar determinadas tarefas aos novos estagiários que ter colaboradores experientes.