segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Na Lua e de luas

Já começava a sentir falta de episódios insólitos, de facto. Na semana passada uma certa directora de uma empresa contactou-me com a finalidade de marcar uma entrevista para hoje de manhã. Já me conhecia de outros carnavais, gostava do meu trabalho e supostamente tinha trabalho para mim, na qualidade de freelancer. Fixe!

Segundo a suas indicações, fiquei mais ou menos com a ideia do local, mas ainda andei às voltas. Liguei e nada, quer para o telemóvel, quer para o fixo. Entre as insistências, liguei para uma amiga, que me confirmou o nome da rua, depois de pesquisar na Internet. Eu tinha apenas as indicações da outra senhora! Bom, com a morada exacta lá dei com a empresa, sita num r/c de um bloco habitacional. Tinha as persianas interiores fechadas. Junto à porta de entrada esvoaçavam folhas secas. O tapete apresentava um aspecto de não ser pisado há algum tempo. Nenhum sinal de vida, tal como o telefone e o telemóvel.

Estranho. Muito estranho. Ponderar é fácil. Poderia já não precisar, por exemplo. Nada mais fácil: dizia! Aconteceu um imprevisto? Bastava adiar. A empresa foi ao ar? Até pode ter sido... com a facilidade com que se criam empresas neste país; difícil é mantê-las e ter cabeça para as dirigir. Mais difícil ainda é enfrentar pessoas que se contactou com a finalidade de lhes dar o que fazer a nível profissional.

Entre muitas outras ponderações, uma das minhas preferidas faz jus à tradução para português do nome da empresa. Como acontece com muita boa empresa em Portugal, também esta tem um nome inglês. Quiçá pretendem expandir horizontes daqui até à Lua. Hum... a avaliar pelo sumiço desta manhã, é uma hipótese remota. Directora e subordinados (se de facto existem) trabalham (e vivem) na lua e e são de luas, sem dúvida :)

Sem comentários:

Enviar um comentário