segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bom Natal

Estamos em contagem decrescente para o Natal. Desejo, pois, um excelente Natal com tudo de bom e do melhor :)

No meio laboral, é natural que a tal contagem decrescente signifique menos produção. Consequentemente, os processos de selecção de candidatos irão congelar. E desconfio que ficam no gelo até 2011.

Deixo-vos com uma história, que me contaram quando comentei aquela minha história de me terem seleccionado, informado de tal e logo cancelado a minha admissão.

«Certo dia um empregado decidiu procurar outro poiso laboral. Tinha como objectivo conseguir melhores condições e conseguiu. Após entrevista, foi seleccionado, discutiu as condições e definiu a data de começo. Despediu-se do emprego antigo e só pensava no futuro que havia conseguido com tanto esforço. Na véspera do seu primeiro dia de trabalho foi informado que afinal já não necessitavam dos seus préstimos na qualidade de trabalhador»

E eu que pensava ser a única. Pronto uma das únicas e raras situações do género. Pelo menos no meu caso estava desempregada e nada tinha a perder. Perplexos com estas situações, só nos preocupámos em lamentar o estado das coisas e atirar para a conversa outras situações bizarras. Não soube, portanto, outros pormenores da história. Por exemplo, se a pessoa conseguiu rapidamente outro novo emprego.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Chicos espertos em busca de mão de obra barata

Ainda o mês vai a meio e já respondi a 13 anúncios, o que dá uma média de 1 por dia, sensivelmente. Desses, não me chamaram para nenhuma entrevista. Sei que é preciso ter calma e que o processo de selecção de cv's é moroso. Mas, para quem está desocupado, os minutos tornam-se longos, loooongos.

Pergunto-me se quando vierem respostas - e se vierem - será mais do mesmo. Ou seja, se são chicos espertos em busca de mão de obra baratíssima ou se a resposta fica para sempre pendente. Em Janeiro, com sorte, terei respostas a estas minhas perguntas. Sim, aproxima-se a época natalícia, recheada de bolos, doces e outras deliciosas iguarias, e nada mais chato do que visualizar cv's, entrevistar e escolher o colaborador maravilha.

Venha o Natal, venha o Ano Novo e com este novas entrevistas, com expectativas de novo poiso laboral, emprego, trabalho...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Finalmente uma entrevista normal

Após algumas experiências um tanto ou quanto insólitas, no que a entrevistas diz respeito, eis que hoje tive uma normal. Finalmente!

Fizeram questões normais, perguntaram acerca do meu percurso profissional, mostraram que tinham lido o meu CV, não pediram dinheiro nem atiraram com valores irrisórios para cima da mesa.

A resposta poderá tardar, ser negativa ou até mesmo inexistente, mas serviu como prova de que ainda existem empresas que tratam os entrevistados normalmente. Serve para contrabalançar com alguns dos episódios já referidos :)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Benefícios

Nem só de espinhos vive uma desempregada ou um desempregado. Temos alguns benefícios. O importante é questionar. O "não" está garantido e ninguém nos agride por questionarmos.

Desconhecia, por exemplo, que somos isentos das taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde. Lembro-me que das outras vezes em que fiquei nesta situação fui uma ou outra vez a uma consulta médica e paguei. Lá está! Não questionei...

Agora pergunto sempre, sem vergonha. Candidatei-me a um curso, fui uma das seleccionadas e no acto de pagar fiz a dita pergunta. Ficaram um tanto ou quanto perplexos, mas foram simpáticos e disseram que iam questionar a quem de direito. Uns dias depois informaram-me que estaria isenta do valor do curso. Já o estou a fazer e a gostar bastante :)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ordenado de 250. Isto é sempre a descer!

Curiosamente, hoje recebi um telefonema que de certa forma está ligado ao que havia pensado no dia anterior, que aliás aqui relatei... Na semana passada respondi a um anúncio, ao qual tive uma resposta hoje. Ligaram-me, interessados nos meus préstimos profissionais. Porém, antes de ser marcada qualquer entrevista, mencionaram o ordenado que estavam a pensar oferecer. Nada mais, nada menos que 250 euros, por mês, sendo o horário o seguinte:

De segunda a sexta das 9h30 às 18h30 com 1h30 de almoço. Eventualmente teria de fazer mais horas e não raras vezes trabalhar também ao sábado e/ou domingo. (eh valentes!)

Recusei, como é óbvio, argumentando e fundamentando o porquê. Nem seria necessário, mas salientei o facto de 250 euros dar para a alimentação, deslocação e MUITO POUCO MAIS. Compreenderam e "amigos na mesma".

Cerca de 3 horas depois, eis que me ligam com nova proposta. Ir trabalhar durante um mês à experiência por 300 euros. Depois, logo se veria... (insólito!)

É preciso ter lata e descaramento. Onde é que isto vai parar? O pior é que existem pessoas que aceitam, contribuindo para diminuir ainda mais os nossos direitos enquanto trabalhadores. Coitados, querem trabalhar, mas se se impusessem isto não teria chegado a este ponto. Gozam à cara podre com o nosso rosto! Sem dúvida...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ordenado de 350 euros

Hoje recordei-me de uma entrevista que fui em tempos. Na altura estava a trabalhar. Insatisfeita, comecei a procurar novo poiso laboral, enviando currículos de tempos a tempos e respondendo a alguns anúncios.

Tinha respondido a um anúncio e como consideraram a minha candidatura interessante, agendaram uma entrevista. Cheguei uns 10 minutos antes e lançaram-me um olhar fulminante salientando que tinham marcado para as 18h00 e não para as 17h50. Enfim...

Falaram-me do projecto, o qual considerei ambicioso e muito interessante. Na altura desejei ser seleccionada. Tal vontade desapareceu quando me falaram em valores. Ofereciam a módica quantia de 350 euros por mês, para trabalhar a tempo inteiro (mais de 40 horas semanais), a recibos verdes. (é preciso ter lata!)

Soltei uma sonora gargalhada e perguntei retoricamente se tinham lido o meu currículo. Mesmo assim responderam afirmativamente. De seguida, questionei por que me chamaram para a entrevista e recebi um encolher de ombros como resposta. Finalizei a minha série de comentários dizendo-lhes que, se tivesse na situação deles, teria vergonha de chamar uma pessoa com o meu currículo e oferecer 350 euros a recibos verdes.

Como é óbvio, desta vez não ouvi a cantiga do ser informada independentemente da decisão...