domingo, 14 de novembro de 2010

Nas Nuvens

Quando fui ver o filme Nas Nuvens, de que gostei particularmente, estava longe de imaginar que iria enfrentar, mais uma vez, o lobo mau, vulgo desemprego. Tudo corria às mil maravilhas, recebia elogios. Havia um senão: estava a recibos verdes. Falsos recibos verdes, para ser mais exacta. Isto quer dizer que cumpria horário, tinha local de trabalho e chefia. Ah pois é, um "recibo verde", na prática, é trabalhador independente, portanto é "contratado" para determinada tarefa, normalmente utiliza os seus recursos, pode trabalhar a partir de casa ou de uma esplanada. Ora, quando a dita tarefa acaba, cada um segue a sua vida. Não era este o caso.

Bom, enquanto via o filme era impossível não me recordar das duas vezes em que a entidade se dirigiu a mim para me galardoar com uma bela indemnização e com o papel para o Centro de Emprego, dar-me palmadinhas nas costas, elogiar o meu bom trabalho e desejar-me boa sorte. Não temi o que tinha na altura, porque até estava a correr bem. Pelo contrário, tinha a secreta esperança de ir ficando e de um dia me presentearem com um contrato.

Poucos meses depois, deram-me um pontapé no rabiosque sem "até breve". O pontapé foi dado através de email. Lindo! Após um ano a cumprir horário e a receber ordens para executar tarefas e até a receber elogios, eis que me vejo obrigada a reiniciar o subsídio de desemprego, adquirido há uns 2 anos porque a empresa estava com dificuldades económicas, tendo de encerrar uma publicação - por coincidência, ou não, o trabalho que desenvolvia estava mais relacionado com a dita publicação.

A vida continua e aqui estou eu em busca de um trabalho, emprego. De preferência na minha área. Caso contrário, uma solução de recurso até encontrar outro. Esta busca , que dura desde Agosto último, já teve algumas histórias dignas de nota. Convido à leitura e, pelo meio, alguns desabafos e opiniões :)

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